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Saúde e Doença - IV Curando as doenças - 3 Curando com a água

Saúde e Doença - IV Curando as doenças - 3 Curando com a água

10/04/2017


O primeiro tratamento de qualquer doença consiste em abrir os poros, o que é feito através do suor, que limpa o corpo. O melhor meio de suar é beber água quente, de uma a dez xícaras – no máximo. Depois de ingerida, ela é liberada através dos poros, assim abrindo-os e restaurando as condições sadias do organismo. Os poros são saídas, canais de descarga da alma. Os pulmões realizam os processos específicos de respiração, enquanto os poros efetuam a respiração geral do organismo. Quando a respiração específica e a geral são paralelas, a saúde está presente. As condições do cérebro dependem do estado da pele. Esta deve manter-se suave, porque os poros são os pulmões pelos quais a alma respira no mundo físico.

Aperfeiçoe o funcionamento de seu sistema respiratório e do fígado para não cair no humor negro. Se você melhora a respiração e os sentimentos, o estado do sistema nervoso simpático [autônomo ou vegetativo] também ganha. Isso acontece através de um suar sistemático. Para tanto, durante o verão, tome 20 banhos de vapor [sauna] para induzir o suor, em um período de 20 dias. Depois de cada banho, beba duas xícaras de água quente, tome uma ducha morna e troque de roupa.


Hoje em dia, encontram-se muitas pessoas desanimadas e desesperadas, que dizem: “Estou doente, não consigo realizar meus desejos, não dou conta de estudar, nem de desenvolver meu espírito”. Essas pessoas precisam tomar 60 a 70 banhos de vapor no verão, para suar e purificar o corpo, a fim de obter o conhecimento e a força necessários.


Se você não usa o tempo do calor e não faz algum esforço para expelir do organismo os resíduos nele depositados, a própria Natureza terá de realizá-lo e o forçará a fazer esses exercícios.


A Natureza não tolera banhos e duchas frios. É preferível tomar banho morno.


Compressas e duchas frias são para pessoas fortes, cuja circulação sanguínea é normal. Se alguém frágil toma banhos e duchas frias, pagará com juros por isso.


Se, ao acordar de manhã, você não está com bom ânimo, lave o rosto, as orelhas, uma, duas ou três vezes – dez vezes no máximo, e verá que a má disposição desaparece.


Há certo número de estados negativos ou indisposições do espírito, que você pode transformar usando água em diferentes partes do corpo. Por exemplo, pode molhar o pescoço, ou a parte de trás das orelhas, ou as pernas do joelho para baixo. Lavar diferentes partes do corpo produz distintas alterações mentais no cérebro.


Portanto, use água para a cura. Se você acredita em sua força e influência, pode curar-se com ela, empregando juntamente o poder do pensamento. Se a pessoa não crê, não consegue sarar. Use a água tanto física como em pensamento – produzirá o mesmo resultado. Por exemplo, suponha que você quer dar mentalmente um banho em sua coluna vertebral. Imagine uma fonte de água pura e boa à distância de um quilômetro. Visualize-se pegando uma moringa de barro e dirigindo-se a essa nascente. Encha a moringa e volte para casa. Então tire as roupas de cima, fique apenas de camisa e veja-se derramando a água nas costas. Depois esfregue-se levemente com uma toalha, vista-se e perceba que, dentro de apenas dez a quinze minutos, sentirá um efeito como se realmente tivesse tomado esse banho.




Recomendo-lhes também o seguinte: se você está irritado, com raiva ou em dúvida sobre alguma coisa, o que deve fazer? – Apanhe uma vasilha com água boa e pura e entorne-a sobre o lado de cima de sua mão esquerda. Então use uma toalha para esfregar levemente a mão, deixando-a semiúmida. Depois verta água sobre o lado superior da mão direita durante cerca de um minuto. Use uma toalha para retirar a umidade dessa mão também. Agora observe seu estado mental. Se sua disposição não mudou, repita a experiência dentro de um minuto. Se ainda não melhorar, faça-a de novo, prolongando progressivamente em um minuto o tempo usado para molhar as mãos, até atingir dez minutos. Depois da última tentativa, sua condição estará alterada e aquilo que o torturava desaparecerá.


De maio até a primeira metade de junho [no hemisfério sul, de novembro até a primeira quinzena de dezembro], quando houver chuva, exponha-se a ela até ficar molhado. Então volte para casa e enxugue o corpo com uma toalha limpa, coloque roupas secas e beba uma ou duas xícaras de água quente.


Depois de experimentar a boa influência da chuva sobre o organismo, recomende-a aos outros como método de cura. Enquanto está debaixo dela, cante interiormente. Cantar, nesse caso, rejuvenesce. A chuva é uma bênção. O poder de seus pingos é enorme. Eles têm efeito favorável sobre o sistema nervoso e sobre muitas doenças.


O indivíduo que absorve adequadamente a energia das gotas de chuva faz o caminho em direção à matéria-prima tão buscada pelos alquimistas. Tomando esses banhos de chuva, você terá um sono saudável.


Se está resfriado, não se trate da maneira antiga, com compressas frias. Ponha compressas quentes sobre o lugar doente. Mergulhe algodão em água quente e aplique-o rapidamente sobre o local machucado durante um ou dois minutos. Depois de fazer essas compressas umas dez vezes, a dor passará.


Modernamente as pessoas estudam a água e suas qualidades, utilizam-na para a cura, mas nem sempre exatamente do mesmo modo. Alguns recomendam compressas frias e outros, quentes. Quando você põe uma compressa fria sobre um local doente, os vasos capilares se contraem e isso gera determinadas reações no organismo. Já com as compressas quentes, as reações são favoráveis: a água quente expande os vasos sanguíneos, e disso resulta a melhora da circulação.


Conhecendo as qualidades específicas da água quente e fria, o ser humano pode curar-se também de modo espiritual. Por exemplo, você pode tratar-se com o pensamento, gerando a mesma dilatação dos vasos capilares que a água quente produz.


Quando seu nariz estiver escorrendo, aqueça água, coloque um pouco de sal e aspire essa água salgada. À noite e na manhã seguinte, faça mais um par de inalações. A água salgada inibe a multiplicação dos micróbios que causam a coriza.


(extraído do livro: The Master BEINSA DOUNO. Health and Sickness. Sofia: Vsemirno Bialo Bratstvo Publishers, 2002)



Tradução: Maria Eugênia da Rocha Nogueira e-mail: MARIAEUGENIARN@YAHOO.COM.BR WhatsApp: (11) 9.9140.0649

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