top of page
Notícias5.png

Encontro de Culturas do Mundo recebe Encontro Multiétnico

O Encontro de Culturas do Mundo, que há seis anos é realizado na Bahia, este ano recebe um encontro diferente em sua programação: o Encontro Multiétnico, que de 20 a 22 de janeiro de 2017 oportuniza encontros com representantes de sete etnias indígenas de todo o Brasil.

09/01/2017


O Encontro de Culturas do Mundo, que há seis anos é realizado na Bahia, este ano recebe um encontro diferente em sua programação: o Encontro Multiétnico, que de 20 a 22 de janeiro de 2017 oportuniza encontros com representantes de sete etnias indígenas de todo o Brasil.


Com o objetivo de promover uma troca intercultural entre indígenas e não indígenas, o evento trará conhecimentos históricos, culturais e sociais sobre os povos indígenas a partir de oficinas, vivências, debates e exibição de filmes que possibilitarão a aproximação dos participantes a elementos da cultura de cada uma das etnias presentes.


Este Encontro será realizado no Espaço Cultural Tangará Mirim, em Imbassaí, a 70 km do aeroporto de Salvador. O evento é também um braço da Aldeia Multiétnica, realizada há 10 anos na Chapada dos Veadeiros (GO) pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, parceira do Centro de Estudos Universais .



A Aldeia Multiétnica

Criada em 2007, a Aldeia Multiétnica surgiu como espaço de intercâmbio cultural entre indígenas e não-indígenas. Com rodas de prosa, oficinas, exposições fotográficas e exibição de vídeos produzidos pelos povos indígenas, todos os anos a programação da Aldeia Multiétnica envolve pesquisadores, estudantes, ativistas das causas sociais, lideranças comunitárias, poder público, educadores populares, artistas e comunicadores na discussão de um novo mundo.


Mundo em que a sabedoria tribal é reconhecida como caminho alternativo para os desafios da contemporaneidade. Com esse intuito são desenvolvidas na Aldeia Multiétnica atividades que visam promover o diálogo sobre a participação da população indígena no ambiente urbano e ao patrimônio estético e cultural brasileiro.


O grande moitará - como os povos do Alto Xingu chamam os encontros que promovem trocas interétnicas - de experiências e saberes desses encontros fortaleceu o interesse das etnias fundadoras em se mobilizarem ano após ano para que suas etnias permanecessem representadas nessa grande festa. Ao longo desses anos passaram pela Aldeia Multiétnica mais de 20 etnias. Em 2016, a Aldeia Multiétnica chegou a sua décima edição.




O Encontro Multiétnico e as etnias presentes

Nesta edição do evento na Bahia contaremos com as seguintes etnias convidadas:

Guarani Mbya (SC)


Do tronco linguistico tupi-guarani, os Mbya mantém o uso comum do mesmo tipo de tambeao (veste de algodão que os antigos teciam). Reconhecem-se coletivamente como Ñandeva ekuéry (“todos os que somos nós”). A despeito dos diversos tipos de pressões e interferências que os Guarani vem sofrendo no decorrer de séculos e da grande dispersão de suas aldeias, os Mbya se reconhecem plenamente enquanto grupo diferenciado. Dessa forma, apesar da ocorrência de casamentos entre os subgrupos Guarani, os Mbya mantêm uma unidade religiosa e linguística bem determinada, que lhes permite reconhecer seus iguais mesmo vivendo em aldeias separadas por grandes distâncias geográficas e envolvidos por distintas sociedades nacionais.

Fulni-ô (PE)

Vindos do município de Águas Belas, em Pernambuco, a etnia é conhecida por ser a única que mantém a língua mãe, Ia-Tê, em todo o nordeste. Também conhecidos como Carnijós ou Carijós, os Fulni-ô têm diversas crenças que incluem a realização de rituais, como Ouricuri, que dura dois meses e exige a mudança de todo o grupo para uma segunda aldeia. A economia do grupo gira em torno de artesanatos, que são vendidos, e a alimentação é constituída basicamente pela agricultura de subsistência.


Kayapó/Mebêngôkre (PA)

Os Kayapó, que também recebem os nomes Caiapó, Gorotire, A'ukre, Kikretum, Makragnotire, Kuben-Kran-Ken, Kokraimoro, Metuktire, Xikrin ou Kararaô, se autodenominam Mebêngokre e vivem em aldeias que se localizam no Brasil Central e sua área de abrangência atinge os estados do Pará e do Mato Grosso. São da família lingüística Jê. Os rituais kayapó são numerosos e diversos, mas sua importância e duração variam fortemente. Dividem-se em três categorias principais: as grandes cerimônias de confirmação de nomes pessoais; ritos agrícolas, de caça, de pesca e de ocasião; e os ritos de passagem.

Povos do Alto Xingu (MT)

Os indígenas do povo Kamaiurá pertencem à família linguística Aruak e vivem no sul do Parque Indígena do Xingu, região do Mato Grosso conhecida como Alto Xingu. SOs Kamaiurá constituem uma referência importante na área cultural do Alto Xingu, em que povos falantes de diferentes línguas compartilham visões de mundo e modos de vida bastante similares. Estão ainda vinculados por um sistema de trocas especializadas e rituais intergrupais, os quais recebem diferentes nomes no interior de cada etnia, mas que ficaram mais conhecidos (pelos de dentro e os de fora do universo xinguano) justamente pelos termos usados na língua Kamaiurá, tais como o Kwarup e o Jawari.


Tupinambá (BA)

Os Tupinambá de Olivença vivem na região de Mata Atlântica, no sul da Bahia. Sua área situa-se a 10 quilômetros ao norte da cidade de Ilhéus e se estende da costa marítima da vila de Olivença até a Serra das Trempes e a Serra do Padeiro. Apesar da longa história de contato, a filiação ameríndia não se trata de um resquício histórico remoto, mas de uma marca efetiva na organização social e modo de vida dos Tupinambá que hoje habitam a região. Entre outros aspectos, destaca-se sua organização em pequenos grupos familiares e certos gostos alimentares, como a preferência pela “giroba”, uma bebida fermentada produzida por eles.


Bayaroá (AM)

A comunidade Bayaroá reúne um conglomerado de remanescentes de diversos grupos como os Tukano, Tuyuka, Bará, Desana e Tariana. Localizado na periferia de Manaus, o grupo ainda preserva algumas práticas como os desenhos com crajiru, planta medicinal que costuma ser usada também em pinturas corporais, o uso de flautas em apresentações musicais e uma profunda consciência da preservação de seu passado.



O evento precederá o Encontro de Músicas e Danças do Mundo, realizado há 11 anos pelo Centro de Estudos Universais, entidade responsável pela realização do Encontro Multiétnico em parceria com a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge.

Adquira seu pacote e participe!



PACOTES

Encontro Multiétnico

» R$ 400,00 até 30/11 » R$ 550,00 após essa data


XI Encontro de Músicas e Danças do Mundo

» R$ 650,00 até 30/11 » R$ 800,00 após essa data


Pacote para os dois encontros

» R$ 1.200,00


*Os pacotes contemplam todas as atividades do Encontro Multiétnico e do XI Encontro de Danças e Músicas do Mundo.

**As atividades não incluem hospedagem e alimentação. Durante o evento, teremos um espaço com lanches à venda, aberto aos participantes.



Confira o álbum completo do encontro aqui



bottom of page